Este artigo busca contar a promoção publicitária de O homem (1887), articulada
estrategicamente por Aluísio Azevedo (1857-1913) e seu grupo na imprensa do final do
oitocentos. Para divulgação, eles apostaram no aspecto licencioso do livro para atrair leitores, ao
mesmo tempo que destacavam o viés cientificista da obra. Fizeram isso porque sabiam que
livros naturalistas eram confundidos com literatura “pornográfica” naquela sociedade. Graças a
campanha publicitária, o livro foi sucesso de vendas e garantiu ao seu autor o fechamento dos
primeiros contratos com a aclamada editora Garnier. O homem, obra esquecida e relegada pela
historiografia, foi crucial no processo de ascensão da carreira de Aluísio Azevedo.