O presente artigo objetiva expor uma investigação do Teatro da Crueldade de Antonin
Artaud em diálogo com o pensamento nietzschiano acerca do Trágico, este que, por sua vez, se
reafirma com e na presença do deus Dioniso. A Crueldade é, nas palavras de Artaud, um
turbilhão de vida que devora as trevas e, seguindo esse raciocínio cruel, é que se desponta, no
Teatro da Crueldade, os aspectos trágicos e dionisíacos da filosofia de Nietzsche. Ou melhor, é
seguindo esse pensamento que podemos pensar a Crueldade como a potência trágica e
dionisíaca do teatro, pois, tanto o Trágico, reafirmado em Dioniso, quanto o Teatro da
Crueldade, reafirmam o duplo sim dionisíaco da vida.
Palavras-chave: Teatro da Crueldade; Trágico; Dioniso; Vida