Em 1924, o vanguardista Blaise Cendrars desembarca no Brasil onde faz profícuas
amizades com os modernistas brasileiros. Essa viagem resulta na produção da obra poética
Feuilles de Route. Nesse contexto de descoberta e amizade, Cendrars convida Tarsila do Amaral
para ilustrar sua coletânea de poemas sobre o Brasil. Além disso, a pintora expõe suas telas
acompanhadas dos poemas de Cendrars na Galeria Percier em1926. Assim, é possível perceber
que palavra e imagem constroem, juntas, os sentidos das obras. A partir disso, o objetivo
principal deste trabalho é examinar as relações estéticas entre as obras de Cendrars e de Tarsila,
comprovando que houve um processo criativo conjunto entre os dois artistas.
Palavras-chave: Blaise Cendrars; Tarsila do Amaral; Feuilles de Route; Pau-Brasil; Diálogo entre poesia e pintura.