Este estudo visa constatar as influências da sétima arte no romance mundialmente
conhecido de Marguerite Duras e que lhe valeu o prêmio Goncourt (1984): L’Amant [O
Amante]. Trata-se de uma autoficção sobre as experiências amorosas de uma adolescente nos
anos 1930 na antiga Indochina francesa. Se, em seus primeiros tempos, o cinema buscou na
literatura fonte de inspiração para contar histórias, passará a influenciar a literatura no período
pós-Segunda Guerra Mundial (CLERC, 1993). Este artigo pretende analisar como o cinema se
manifesta em L’Amant, por meio da identificação, neste texto autobiográfico, de ferramentas
específicas da linguagem cinematográfica (VANOYE; FREY; GOLIOT-LETÉ, 2017).