Antes de ser um homem da sociedade, sou-o da natureza. Para o Marquês de Sade,
somos corrompidos pelos falsos valores impostos pela sociedade. Segundo ele, o ser humano
em busca de satisfação deve ceder a todos os vícios e a nenhuma só virtude. Em obras como
Justine e 120 dias de Sodoma, pregou que o desejo é uma imposição da natureza. Assim, esta
pesquisa objetiva evidenciar que a literatura de libertinagem pode trazer ao leitor liberdade de
reflexão, livrando-o de possíveis ideologias sociais. O trabalho apoia-se nas teorias de Foucault
(1995) e suas reflexões sobre as relações de poder e Adorno e Horkheimer (1985), sob a
perspectiva do medo como condição humana que nos impede de ver a verdade.
Palavras-chave: Libertinagem; Marquês de Sade; Sociedade.