O presente estudo propõe uma análise do romance policial Os éguas (2015),
do escritor paraense Edyr Augusto, partindo da hipótese que analisar os crimes e os
criminosos presentes no romance é, ao mesmo tempo, pensá-lo como uma modificação
dentro de uma tradição do gênero policial e uma possibilidade de observar as dinâmicas
de estruturação e organização social na Amazônia, mais especificamente, na cidade de
Belém. Ao ponto de podermos questionar: a cidade é um personagem silencioso em Os
éguas? Para tanto, tomaremos como aporte teórico dessa análise as formulações de
Antônio Cândido (1989), acerca da presença da violência na literatura brasileira e, para
darmos conta dos aspectos sociais e históricos presentes no romance policial, Julio Pinto
(2016) e Mario Pontes (2007).
Palavras-chave: Amazônia; Belém; Os éguas; Romance policial; Edyr Augusto Proença.