Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha (1769-1811) figura nos primeiros registros literários
da região norte do Brasil. Sua produção reúne-se em um único volume, bem como a prosopografia do
poeta, com as poucas informações que temos sobre sua vida e atividades. Este artigo aborda tais
informações, constantemente reapresentadas nas diferentes edições de sua obra (de 1850 a 2012).
Nesse sentido, amparados pelas reflexões de estudiosos como Hansen (1989) e Teixeira (1999),
pretendemos demonstrar como essas reapresentações do poeta visam seus próprios horizontes
histórico-culturais, passando ao largo das práticas letradas no Grão Pará do século XVIII e, portanto,
delineando leituras anacrônicas dos poemas e discursos legados por Tenreiro Aranha.
Palavras-chave: Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha (1769-1811); Poética e Retórica; Letras no Grão Pará setecentista.