Com base na eficácia das relações Literatura e Filosofia, o presente artigo busca
evidenciar o acréscimo teórico-crítico da leitura de François Jullien à recepção da obra de
Marcel Proust, no que se refere ao impacto provocado em todo leitor pela narrativa de eventos
de memória involuntária. Para tanto, este estudo fixa como ponto de partida o exame de eixos
articuladores basilares da obra de François Jullien, a exemplo de “transformações silenciosas”,
“distanciamento”, “transparência da manhã”, “experiência”, entre outros. Assim, dizer “poética
do reencontro” significa evidenciar operações de desdobramento, apontadas por François
Jullien, que expandem a sedução experimentada pela leitura da textualidade prousteana.