No presente trabalho, intentamos realizar um primeiro experimento teórico-poético, a
fim de pensar sobre a noção de autofricção: práticas literárias de si nas quais existe um forte atrito,
uma forte ficção, entre uma experiência-limite (PELBART, 2016) fragmentária (GARRAMUÑO,
2012), e o próprio texto literário. Para se pensar esta questão, partimos de pichações urbanas
textuais como objeto; aqui, o entendimento sobre essa prática estético-política é que esta
apresenta-se como vestígios da ação performática de corpos em dissenso (LEPECKI, 2012),
reivindicando um direito de existir. Sendo assim, o questionamento motriz de todo este processo
de pensamento é o seguinte: “de que forma essas pichações atravessam o meu corpo? ”.
Palavras-chave: Pichação; Escritas de si; Autoficção