Neste trabalho, pretendo utilizar o conceito de autoficção como ferramenta de leitura
da narrativa O mal de Montano, de Enrique Vila-Matas. Parto do princípio de que a autoficção
coloca dois elementos numa área fronteiriça, um é o autor – que se curva à autoridade de seu
nome, podendo se alicerçar neste último ou colocar-se como um fantasma que se acomoda por
meio de outros dados referenciais –, o outro é a própria narrativa, que transita entre vários
gêneros literários. Por fim, observei na autoficção uma estratégia utilizada para a individuação
do sujeito, ainda que não tenhamos, em O mal de Montano, a identidade dos nomes entre autor
e narrador.
Palavras-chave: O mal de Montano; autoficção; identidade