O segundo romance de Carola Saavedra, Flores azuis (2008), é centrado na confissão
de uma narradora nomeada apenas como A. que envia cartas de amor ao ex-namorado, após a
separação. Os escritos são lidos indevidamente por Marcos, o novo inquilino do apartamento e
que também se separou. Ao ler a intimidade de A., ele sente que algo os uniu, pois houve uma
compreensão mútua entre ele e a remetente. Assim, é a partir da reflexão e os desdobramentos
da escrita íntima na narrativa que este trabalho se debruça, sob a luz de teóricos como Roland
Barthes (1981), Julia Kristeva (1988) e Maurice Blanchot (2005).
Palavras-chave: Escrita de si; Endereçamento; Discurso amoroso.