Na contemporaneidade, a literatura tem disponibilizado representações das culturas
ameríndias que diferem da antiga figuração romântica desses povos. Esta comunicação pretende
discutir como os romances Maíra (1976), de Darcy Ribeiro, e O rasto do jaguar (2009), de
Murilo Carvalho, com personagens indígenas que depois de anos obrigados a se integrarem à
sociedade nacional, discursivamente se aproximam e se distanciam na tentativa de criticar o
processo civilizatório a que os povos indígenas foram e continuam sendo submetidos no Brasil e
problematizar a (im)possibilidade de uma conciliação entre as culturas ameríndias e o modelo
de comunidade nacional homogeneizante.