O objetivo do presente texto é analisar o filme Viagens alucinantes, focando no
motivo do duplo, presente tanto na relação entre o doutor e suas outras configurações corpóreas
— o hominídeo e o ser amorfo — quanto na experiência científica conduzida por ele — que
requer o uso de uma droga e a inserção num tanque de privação sensorial para a efetiva
transformação — e como o filme dialoga e relê o romance O médico e o monstro. Tal diálogo é
possível de se visualizar, por exemplo, no próprio nome de Edward Jessup, ecoando o prenome
de Edward Hyde e o sobrenome de Henry Jekyll; nas alterações corporais do protagonista e na
semelhança das pesquisas dos dois cientistas, que esbarram em questões transcendentais.
Palavras-chave: O médico e o monstro; Viagens alucinantes; Duplo