O presente trabalho busca analisar, a partir do estudos sobre empatia de Simon Baron-
Cohen, como se dão vínculos emocionais estabelecidos entre leitor e a personagem monstruosa.
Procurarei demonstrar que a descrição que Baron-Cohen faz de constructos empáticos, e do
indivíduo localizado no grau zero de empatia, é uma chave para se compreender melhor o
arquétipo do cientista na literatura de horror. Como estudo de caso será analisado o cientista do
conto “Do além” (1934), de H. P. Lovecraft, que ultrapassa o limite do que deve e pode ser
conhecido.
Palavras-chave: Empatia narrativa; Literatura de horror; H. P. Lovecraft