Nesse texto aborda-se a repressão de masculinidades não tradicionais e a consequente
polarização da figura masculina em O médico e o monstro (1886) e O rei de amarelo (1895).
Tendo em vista a confluência temática entre inclinações decadentes e góticas nas duas obras,
investiga-se a tendência inicial de personagens masculinos reprimirem masculinidades não
aceitas socialmente. Ademais, obras contemporâneas, como revistas em quadrinhos, revelam
que essas duas narrativas ainda povoam grande parte de nosso imaginário cultural, mostrando
que o desequilíbrio entre masculinidades tradicionais e não tradicionais ainda está presente tanto
na literatura de horror quanto na cultura popular.