Esta análise da obra Não Há Lugar para Lógica em Kassel (VILA-MATAS, 2015)
centra-se na écfrase, tida aqui como recurso narrativo adotado pelo autor para realizar a passagem
do ficcional para o não-ficcional. O presente se insere nos estudos interartes (CLÜVER, 1997)
em seu contínuo esforço de estabelecer uma metodologia que dê conta de obras hibridizadas cuja
a arte contemporânea tenha papel determinante, considerando algumas de suas características
intrínsecas e que desafiam a prática da écfrase: a impermanência, a efemeridade, o uso de
múltiplos suportes físicos e até mesmo a problematização do objeto artístico em si.
Palavras-chave: Enrique Vila-Matas; écfrase; arte contemporânea; interartes