O temor diante do nada situa o homem em um estado de indagação que, não raro, deixam-no
insatisfeito com respostas de cunho metafísico: Deus, paraíso, alma, dentre outros conceitos, não
apaziguam no homem a angústia mediante a envergadura opressora da realidade, a saber, que o
homem é transitório e que o seu vigorar no mundo é efêmero. É este homem melancólico e imerso no
nada que Graciliano Ramos irá apresentar em diversas de suas obras. No presente trabalho, abordar-seá
na obra Angústia a presença do indivíduo imerso em melancolia e sua condição de niilista. Publicada
em 1936, Angústia, de Graciliano Ramos, traz em seu cerne a questão da angústia do homem diante de
si mesmo, do mundo que o rodeia e do nada.