Pretende-se, neste artigo, levantar elementos na estrutura do romance que atestem ser
Ensaio sobre a cegueira (1995), do escritor português José Saramago, uma estética do
aprendizado. Dentre eles estão a inserção na diegese de provérbios populares por meio das
diversas vozes, inclusive a do narrador; a configuração da personagem do velho da venda como
a representação daquele que tem o que ensinar e a escolha em construir um foco narrativo que
se apoia na testemunha do horror, a única que vê: a mulher do médico.
Palavras-chave: Estética do aprendizado; provérbios; personagem; foco narrativo.