A ideia de “romance de formação”, tradução do termo Bildungsroman, tem-se mostrado
bastante produtiva, mas também bastante problemática aos estudos literários brasileiros. A
complexidade deve-se, entre outras razões, à ancoragem histórica de sua origem, em
contraposição à expansão de seu emprego ao longo do tempo. Propõe-se, com este trabalho, uma
contribuição para o rastreamento dos usos do termo pela crítica literária brasileira deste século.
Para tanto, confere-se enfoque à fortuna crítica do escritor Michel Laub: o discurso em torno de
suas obras recorre frequentemente à ideia de “romance de formação”. Finalmente, espera-se
reconhecer o que está sendo entendido como romance de formação nesse universo crítico.
Palavras-chave: Bildungsroman; romance de formação; crítica literária; Michel Laub.