Lima Barreto, diferente de cronistas que enalteciam as vertiginosas transformações
urbanas que tomavam conta do Rio no início do século XX, optou por uma postura crítica em
relação ao projeto modernizador que passou a ser implementado na cidade, especialmente a
partir do governo de Pereira Passos. Em sua escrita ativista, Lima explicita as rasuras de um
projeto que não incluída melhorias em toda cidade, mas apenas em parte dela. O presente artigo
tem, portanto, como objetivo explorar a representação do Rio de Janeiro na Belle Époque como
uma cidade partida, excludente e excluída, nas crônicas de Lima Barreto.
Palavras-chave: Crônica; Lima Barreto; Belle Époque