Esse trabalho visa a discutir a emergência de uma voz feminina silenciada
socialmente - a voz do Outro -, na medida em que carrega as marcas da negritude e aparece
associada aos territórios periféricos. Essa voz ganha espaço por meio da produção nas cenas dos
saraus da periferia de São Paulo, projetando-se como uma voz da marginalidade em meio a
outras que, há muito relegadas, haviam finalmente começado a impor seus balbucios nos
“quilombos culturais” das quebradas paulistanas, construindo, assim, seu espaço de
pertencimento no campo literário.
Palavras-chave: subalternidade; vozes femininas; negritude; literatura periférica; campo literário