Os fundamentos pós-coloniais e feministas viabilizaram uma consonância entre seus
componentes de análise crítica e favoreceram o aparecimento de considerações socioculturais
articuladas, possibilitando a eclosão de vozes silenciadas. As discussões suscitadas pela teoria póscolonial
possibilitam a reflexão sobre o lugar das mulheres na contemporaneidade, os vários sujeitos
oriundos do feminismo e a própria transversalidade da questão de gênero. Esse artigo baseia-se na
análise do romance Annie John (1985), de autoria da caribenha Jamaica Kincaid, cuja protagonista
é uma criança que cresce numa perspectiva familiar que lhe propicia experimentar situações que
possibilitam a apreensão da realidade à sua volta enquanto espaço de subordinação.
Palavras-chave: pós-colonialismo; feminismo; racismo; literatura caribenh