Na Alemanha, na virada do século XVIII para o XIX, e no Brasil, entre os séculos XIX
e XX, imperava, em meio à ascensão e consolidação da burguesia, um regime patriarcal que ditava
os critérios de “feminilidade” e “virtude” e relegava às meninas uma educação superficial, se
comparada à dos meninos. No cerne dos romances Agnes von Lilien e Lésbia, de Caroline von
Wolzogen e Maria Benedicta Bormann (pseudônimo Délia), respectivamente, encontra-se a
questão da educação feminina no período e o cerceamento da liberdade das mulheres provocado
pelas convenções sociais. O presente trabalho destina-se, portanto, à análise destes fatores na
forma como comparece no discurso literário de Délia e Caroline von Wolzogen.
Palavras-chave: Feminino; Lésbia; Agnes von Lilien; Délia; Caroline von Wolzogen