É provável que, como querem muitos autores contemporâneos, a vida seja um fluxo
de diferença e que não haja nada como identidades ou sujeitos bem determinados. É provável
que nós e todas as manifestações culturais que nos rodeiam sejamos resultado de infinitos
hibridismos a se perder de vista. Mas em que sentido esta constatação deve ser comemorada?
Por quais razões a ausência real de unidades e identidades (supondo que exista tal coisa como
“um modo como o mundo é”) deveria ser considerada um valor ético ou estético? Essas são
algumas perguntas que pretendo discutir neste artigo.
Palavras-chave: teoria cultural; literatura contemporânea; ideologia; hibridismo