A partir de sua poesia, Ariano Suassuna criou um universo simbólico em que convivem
criações das mais variadas modalidades artísticas. Em 1980, publica o primeiro conjunto de
iluminogravuras, trabalho em que une sonetos e ilustrações próprias em um mesmo suporte.
Nelas, o texto precede as ilustrações e não há, em geral, presença de ekphrasis. Única exceção
talvez seja “O Mundo do Sertão”, em que há referências que sugerem a construção do soneto a
partir do brasão da família Suassuna. Esse trabalho foi escolhido para ser analisado neste artigo
pois nele constrói-se uma das mais dinâmicas relações texto-imagem do conjunto. Propõe-se uma
análise a partir de textos de autores como Hoek, Genette, Manguel e Newton Júnior.