Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), romance do escritor
moçambicano Mia Couto, é narrado o retorno de Mariano à enigmática ilha de Luar-do-Chão
por motivo da morte seu avô. A viagem possibilita o descortinar de várias outras histórias,
intrigas e segredos familiares, os quais nos chamam à atenção não apenas pelas marcas do
sagrado, mas também pelas imagens tanto dos costumes moçambicanos quanto da cultura
hegemônica. A fim de analisar esses episódios, partindo do sagrado e evidenciando os traços
das religiosidades e do pós-colonialismo, utilizaremos os pressupostos de Mircea Eliade (2002),
Henrique Junod (1974), Homi Bhabha (2013), Stuart Hall (2011), entre outros.
Palavras-chave: Literatura pós-colonial; Literatura africana; Religiosidades; Sagrado.