O trabalho em questão propõe a refletir sobre a produção de uma escrita através da
obra de Nijinsky e sua influência na formulação do conceito de corpo homoerótico na
contemporaneidade. Para isso, recorremos ao discurso biográfico presente no diário do artista
(organizado e publicado por sua filha Romola Nijinska), em seus grafismos e registros
fotográficos dos balés L'apres midi d'un faune (1912) e Le sacre du printemps (1913). O
resultado deste trabalho assinala a abertura de reflexões sobre as novas subjetividades de gênero
e sexualidade expressas na escrita autobiográfica e artística do bailarino que prenuncia o aspecto
do corpo como um instrumento de visibilidade da diversidade no mundo contemporâneo.