Em Modernidade Líquida, Zygmunt Bauman afirmara que, devido à passagem da
modernidade sólida para a líquida, as distopias clássicas, que antes representavam muito bem as
angústias e medos da sociedade, não seriam mais apreciadas, por não serem mais capazes de
dialogar com as novas ansiedades da modernidade líquida. No entanto, apesar da liquefação da
modernidade e da dissolução dos governos totalitários na maior parte do ocidente, as distopias
contemporâneas infanto-juvenis, continuam traçando Estados autoritários. Este artigo pretende,
portanto, investigar os possíveis motivos para a criação de tais modelos em meio à modernidade
líquida, explorando as possíveis associações entre o estado sólido e o público adolescente.
Palavras-chave: Distopia; Literatura infanto-juvenil; Ficção Científica