Nuno Ramos demonstra um intenso hibridismo na sua poética cujos materiais se
comportam livremente, sendo eles a identidade da obra, expandindo o lugar da materialidade no
cenário contemporâneo. Através da análise de alguns textos e obras visuais do artista, os limites
são extrapolados, elementos diferentes “se engalfinham” e ao mesmo tempo são
complementares expondo o impensável como arte em realização artística. Diante disso,
utilizaremos noções emprestadas de Giorgio Agamben (2009) e Jacques Rancière (2009) na
tentativa de demonstrar que estas formulações estão afinadas com a pluralidade poética de
Ramos.
Palavras-chave: Nuno Ramos; Literatura Brasileira Contemporânea; Arte Contemporânea; Poética híbrida; Matéria artística.