A partir da obra Becos da Memória de Conceição Evaristo, em que a autora,
influenciada pela experiência de um despejo vivenciada na infância em Belo Horizonte, expõe o
cotidiano de uma favela através do olhar da criança Maria-Nova, “con(fundindo) escrita e vida”,
pretende-se analisar a relevância da literatura-testemunho em um contexto social marcado por
conflitos urbanos. Para isso, são feitas comparações entre as recordações trazidas por
personagens do livro de Evaristo e relatos dos moradores da Izidora, no intuito de evidenciar
uma realidade social invisibilizada pelas mídias tradicionais, denunciado as graves violações de
Direitos Humanos vivenciadas por pessoas em situações de vulnerabilidade.