Em “A guerra não tem rosto de mulher”, de Svetlana Aleksiévitch (2016)
somos agraciados com um novo olhar sobre o campo de batalha: relatos e testemunho
de mulheres combatentes soviéticas na Segunda Guerra Mundial. Os testemunhos sobre
um determinado evento são sempre tecidos pela memória e pela lembrança, o que acaba
por constituir um terreno de silêncios e silenciamentos. Associando a obra de
Aleksiévicth com a reflexão de Jeane Marie Gagnebin podemos tecer reflexões que se
centram sobre a ideia de perda de Walter Benjamin pensando no fim das grandes
narrativas e do impacto da Grande Guerra sobre estes acontecimentos.
Palavras-chave: Testemunho; Mulher; Segunda Guerra Mundial; Silenciamento