Em Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, a disposição de Lima Barreto para confrontar
os valores consagrados é anunciada logo na apresentação do livro pelo narrador/personagem
Augusto Machado, atitude de resistência e recusa do modelo convencional do romance realista.
Esta comunicação tem por objetivo analisar alguns aspectos de Vida e morte de M. J. Gonzaga
de Sá, articulando as dissonâncias formais e temáticas do romance com o projeto literário de Lima
Barreto, concebido sob o signo da resistência, radicalmente contrário à cultura oficial, o que lhe
confere um caráter revolucionário.
Palavras-chave: Lima Barreto; literatura militante; romance; resistência