Elisangela Marcos Sedlmaier (UFPB), Hermano de França Rodrigues ( UFPB)
As prostitutas, desde o alvorecer do cristianismo, sucumbem ante o repúdio e o escárnio de uma
sociedade conservadora, que as enxerga, ainda, como seres abjetos e denegerados. Encontramos
na literatura uma vasta coleção de títulos, nos quais as vidas das prostitutas são descritas. Na
cartografia da literatura brasileira, Lucíola(1862),pode nos auxiliar a problematizar, desconstruir
e elucidar, este corpo prostituído e feminino que, tantas vezes, se encontrou dilacerado pelas
vilações externas e internas. O objetivo, deste modo, é mapear e detectar as diversas motivações
que transformam corpos belos e desejados em corpos vazios, que trazem, por fim, a marca da
melancolia e da fragilidade do feminino impressa na articulação com sua vida psíquica.