Amanda Ramalho de Freitas Brito (UFPB/UNEAL), Maria Genecleide Dias de Souza (UFPB)
O presente artigo investiga como a melancolia fomenta a representação lírica no filme
Hiroshima, meu amor (Alain Resnais, 1959) a partir das contorções do corpo. O corpo
estabelece o percurso do encontro amoroso, pelo qual se desenvolve a percepção fatídica da
experiência da personagem-atriz que se confunde com as vítimas da bomba atômica de
Hiroshima, o que funda a representação da melancolia no espaço de sugestão do filme. A
melancolia é alcançada pela consciência de finitude, pelo ardor do despovoamento que perpassa
a construção das memórias (coletiva e individual).