RESUMO: O presente texto pretende fazer uma leitura do poema “Interior sem mapa” de Marcos Siscar sob a perspectiva da Invenção da paisagem, desenvolvida por Anne Caquelin (2007). O propósito dessa intersecção de leitura é refletir sobre a noção de paisagem na contemporaneidade, especificamente na poesia desse autor. Com base na leitura imanente do poema procuramos mostrar as oscilações expressivas do sujeito poético, as metamorfoses da paisagem que transitam entre a objetividade e a subjetividade. Sendo a poesia a superfície porosa que abriga as experiências poéticas paisagísticas com forma simbólica. Assim, a hipótese da fabricação da paisagem no poema se afirma pela relação do sujeito com o mundo, uma visão das transformações culturais e suas implicações na estrutura de sentido da poesia.