Embora tenha-se tornado célebre por sua importância no cinema underground
dos anos 60 e 70, influenciando artistas como Andy Warhol e Hélio Oiticica, Jack
Smith também foi um dos fundadores do que mais tarde seria conhecido como arte
performática. Seu trabalho era uma espécie de ritual privado em ampla exposição, que
incluía músicas exóticas, trechos de filmes e slides, em apresentações que duravam até
oito horas. A partir da análise de The Secret of Rented Island, de 1976/77, uma ousada
adaptação de Ghosts, de Ibsen, a apresentação discute de que forma Smith aproxima-se
do “teatro performativo”, convocando subjetividade, presença e risco, num movimento
dialógico entre texto, corpo e tecnologias audiovisuais.
Palavras-chave: Jack Smith; teatro performativo; Abralic.