O presente trabalho investiga as formas de estabelecimento de verdades e de
manipulação das mesmas nos romances Pantaleón y las visitadoras (1973), do peruano Mario
Vargas Llosa, e Os visitantes (2016), do brasileiro B. Kucinski. Em ambos os livros, emerge a
questão de como as verdades são construídas, bem como as consequências éticas do resultado
dessas construções. Para tanto, discutimos as relações entre Verdade, Bom e Belo; as mudanças
na concepção de verdade e a noção de “possibilidades de verdades” na literatura trazida pela
Epistemologia do Romance; e analisamos como os romances questionam filosoficamente a
exigência do estatuto da verdade absoluta, bem como as contradições que emergem desse
movimento.
Palavras-chave: Dissonância; Literatura latino-americana; Estabelecimento de verdades.