Este trabalho propõe analisar como a poesia de Manuel Inácio da Silva Alvarenga
(1749-1814), professor régio e poeta luso-brasileiro, esteve comprometida tanto com o processo
de divulgação do desenvolvimento científico quanto com o pensamento ilustrado em voga que
atravessava, não obstante aos códigos de comportamentos sociais, a concepção de um processo
civilizatório (trans)formador de homens capacitados a executarem e prolongarem as mudanças
que se processavam; para tanto, considera-se sua condição em conflito, uma vez que, embora
tenha sua formação intelectual construída em território europeu e, portanto, civilizado, nasceu
em terra bárbara, americana.