A literatura brasileira é um lugar privilegiado para colocar à prova a discussão sobre
política e literatura e o papel crucial de Rancière nesse debate. Neste trabalho, sugiro caminhos
para discutir como a produção de uma literatura política contemporânea – como a de Ferréz –,
que tenta reconfigurar o discurso sobre classe e história e combater as interdições do campo
literário (que definem quem pode escrever, como a literatura pode circular e quem pode ler),
pode ser lida à luz de conceitos como “partilha do sensível” e “regime estético”.
Palavras-chave: Literatura contemporânea; Literatura e política; Jacques Rancière