O presente trabalho tem por objeto o estudo das representações literárias do
Interventor da Revolução de 1930 no Pará, o Major Magalhães Barata, nos romances Candunga
(1954) de Bruno de Menezes, e Chibé (1964) de Raimundo Holanda Guimarães. Em tais obras a
imagem multifacetada de Magalhães Barata varia de um governante carismático, “pai dos
pobres”; passando a um gestor ingênuo e influenciável; e até mesmo a um tirano insensível,
cruel e violento. Pretende-se perceber como cada autor representa literariamente o Major
Magalhães Barata, e até que ponto tais representações entram em conflito ou reproduzem as
imagens do Interventor cristalizadas na historiografia ou mitificadas no imaginário popular.
Palavras-chave: Magalhães Barata, Chibé, Candunga, Revolução de 1930.