Partindo de Barthes (1986; 2004) e Iser (2002) pretendemos analisar a
possibilidades de uma textualidade dramática. Se há uma literariedade (Compagnon,
2012), há no teatro a teatralidade (Féral, 2016) e ambos dialogam através do “prazer” do
texto e do teatro. Essa questão já aparece em Aristóteles (2004) que elege o texto escrito
como superior à dramatização, afirmação questionada por Malhadas (2003). Desse
embate, trazemos para o diálogo o teatro pós-dramática (Lehman, 2007; 2009) em que a
negação do textocentrismo é a base para as discussões já iniciados com Artaud (2006).
Analisaremos “Valsa n° 6” (1951) de Nelson Rodrigues e a peça de Bernard-Marie
Koltès, “La nuit juste avant lês forêts” (1977).
Palavras-chave: Teatralidade; teatro pós-dramático; textualidade dramática