Seguindo a dicotomia apresentada por Domingo Sarmiento em “Facundo ou a
civilização e a barbárie”, que considera a América Latina como um continente que oscila entre
esses dois pólos, representados respectivamente pela metrópole e pela colônia, o presente
trabalho analisa a obra do escritor uruguaio Horacio Quiroga sob tal prisma, pretendendo
pesquisar, através das teorias pós-colonialistas de Ángel Rama, o quanto Quiroga foi capaz de
conciliar, na sua obra, as noções ditas “civilizadas” da Europa quanto as ideias “selvagens” da
América Latina.