A comunicação propõe reflexões a partir das estéticas híbridas de Wilson Bueno e
Douglas Diegues, escritores que criam línguas de mescla como parte de um movimento artístico
que resiste a processos de homogeneização cultural. As línguas literárias que se criam a partir da
imbricação do guarani, espanhol e português provocam as tensões dos contatos culturais e toda
sua densidade histórica. O guarani, como língua menor e língua de minoria, desterritorializa as
línguas colonizadoras e hegemônicas, ativando uma potência política de resistência. A
experiência de leitura desloca-se da busca pelo sentido inteligível do texto para um sentido
sensível que se experimenta com a dicção, o ritmo e o timbre das línguas estrangeiras.