A mídia brasileira não assume posição política expressa, dizendo-se imparcial. Neste
artigo, atesta-se, pelas escolhas linguísticas, não apenas sua tomada de posição, mas também sua
intenção persuasiva. Aos adjetivos das capas da revista “Veja” de janeiro a agosto de 2015
(período que antecedeu a abertura do processo de impeachment) aplicou-se análise sintáticosemântica
(COHEN, 1976; FONSECA, 1993; NEGRÃO, MÜLLER, 2014) a fim de avaliar
quatro possibilidades expressivas que contribuem gradativamente na manifestação subjetiva: (i)
adjetivos adnominais argumentais e predicadores de núcleo; (ii) epíteto anteposto e posposto; (iii)
adjetivo predicativo; e (iv) neologismo.
Palavras-chave: Adjetivo; Sintaxe; Semântica; Revista Veja