O presente trabalho utiliza as ideias da imagologia para analisar a imagem do
sertanejo e do nordeste no premiado Nordeste (2016), o escritor galego Daniel Asorey.
Nesta obra, o autor serve-se da alegoria do sertão e da personagem da história brasileira,
Maria Bonita, para tratar da sua própria terra e fazer emergir um segundo nacionalismo
galego. Ele cobra o protagonismo galego numa possível história alternativa da
colonização da América e o protagonismo das mulheres que fizeram a história da nação
de Breogán. Asorey lança mão da imagem do Outro para refazer a imagem dos seus, ou
melhor, das suas.
Palavras-chave: Imagologia; literatura galega; gênero; mulheres