Ana Cláudia Veras Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)
A história da seca na literatura de cordel sobre o Caldeirão dos anos 1970 em diante
traz reflexões acerca da comunidade liderada pelo beato José Lourenço que o enaltecem e
acusam segmentos governamentais de abandonarem o povo à própria sorte. Isso coincide com
pensamentos como os de Landim (2005), ao tratar do enfoque sociopolítico da seca, como
também com as memórias dos remanescentes do fenômeno que evocam as benfeitorias
realizadas no Caldeirão no período de estiagem, através de trabalho realizado por Lopes (2011).
A partir dessa simbiose de vozes presente nesses textos, intencionamos buscar o que Barthes
(1972 e 2004) denomina de efeito de real.
Palavras-chave: Narrativas; Literatura de cordel; Caldeirão; Seca; Efeito de real.