A presente proposta de trabalho busca compreender a noção da linguagem
poética presente em Alejandra Pizarnik (1936-1972), que surge como uma forma de
ritual de comunhão dos planos material e metafisico. Agenciando esses dois pontos de
dissonância conjecturamos pensar a partir de fragmentos poéticos como a palavra
poética promove uma emergência do que denominamos de ser adro, seguindo a
reflexão de Didi-Huberman (2009) sobre as possibilidades de um ser da escultura e das
formas estéticas que nascem daquilo que lhes é exterior e, dessa maneira, se constituem
como seres de passagem, que habitam o limiar do pensamento e da linguagem.