Anais
RESUMO DE ARTIGO - XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Escrevivência e fabulação crítica na literatura e outras artes
CALILA DAS MERCÊS (Universidade de São Paulo)
Considerando o conceito de escrevivência, alcunhado por Conceição Evaristo, assim como o de fabulação crítica da Saidiya Hartman, como estratégias de expansões na criação literária e em outras expressões textuais e artísticas como ensaios, pinturas e dramaturgia, por exemplo, o objetivo desta caminhada circular é compreender os contornos, manejos e possíveis encontros entre estes pensamentos com obras de artistas negras contemporâneas. Aqui trançar pensamentos – com quem compreende de dentro, com quem corporalmente vivencia em alguma medida os efeitos contrastantes, pungentes e transgressores da diáspora negra, e assume a marcação étnico-racial na vida e nos trabalhos desenvolvidos – não é somente necessário, como também político e ético se considerarmos a literatura e artes contemporâneas como espaços que fortalecem na formação, na ampliação de imaginários, e refletem a nossa sociedade, logo deveriam estar sempre conectadas com a pluralidade existente. Para este movimento, considerando a categoria-conceito de amefricanidade de Lélia Gonzalez, proponho diálogos também com Beatriz Nascimento, sobre as noções de corpo-mapa, com Lêda Maria Martins, com suas reflexões sobre oralitura e tempo espiralar, e realizaremos trocas com as artistas Larissa de Souza, com seu conjunto de pinturas intituladas “Pertencimento” (2020), e Aline Motta, com o livro de poesias “A água é uma máquina do tempo” (2022). A ideia é que nesta roda possamos, remapear, ou seja, extrapolar a ideia de escalas reduzidas nesta caminhada que segue em curso.
Palavras-chave: Escrevivência; Fabulação crítica; Literatura; Outras artes.
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