Consistindo numa aproximação inicial entre antropologia e ficção científica apoiada
na imagem de uma difração, o texto se debruça sobre o romance de Ursula K. Le Guin, The
Word for World is Forest, para pensar sobre dois aspectos da colonização ressaltados na
narrativa. Nota-se como a máquina da rostidade, tal como pensada por Deleuze e Guattari, se
expande para além do humano, mas encontra um obstáculo na figura do ser extraterrestre. Por
outro lado, o rosto aparece articulado ao imaginário do progresso na formação de um espaçotempo
colonial. Em seguida, ressalta-se a importância da duplicidade em cosmologias
ameríndias como linha de resistência ao Estado, associando a questão ao livro de Le Guin e a
outras narrativas de ficção científica.