O objetivo deste trabalho é pensar o desmolduramento enunciativo em Delírio de
damasco, de Veronica Stigger (2012). Nossa hipótese é de que nesta obra temos uma linguagem
sem contorno, desmoldurada, pois desprovida dos referenciais de ancoragem básicos (narrador,
enredo, personagens). Assim, nos propomos a problematizar o abalo do lugar de enunciação
literária provocado em Delírio de Damasco: como se dá a passagem ruidosa do existente ao
inexistente e quais as consequências desse movimento junto ao continuo ininterrupto entre real e
imaginário.
Palavras-chave: Análise Literária; Desmolduramento Enunciativo; Veronica Stigger; Barbara Smith